Eu adorei, não porque eu estava seguindo uma didática ou um planejamento muito elaborado, mas porque eu vi naquele momento que a turma dita mais complicada da escola estava realmente envolvida e aprendendo.
Ao sair, uma senhora, antiga pedagoga da escola e pessoa que dou muito valor disse que aquilo lhe lembrava FREINET, e não é por acaso. Na faculdade eu ouvi bastante sobre ele. Lembro que é dele a noção que “não existe uma educação ideal”, e sim uma “educação de classes”. Gosto também na maneira como ele dialoga em seus estudos apresentando uma escola popular, moderna e democrática, tanto trabalhando especificamente cada uma, como fazendo um intercâmbio de ideias, já que desde sempre sua principal intenção era desenvolver novos métodos de se relacionar com os alunos. E que métodos!
Acho que o Freinet foi o primeiro contato que tive sobre projetos e atividades pedagógicas. Lembro quando uma professora ainda na UFRN fez um jornal de classe, e como ao explicar passo a passo a atividade eu lembrava de como uma atividade semelhante me fez escrever nas séries iniciais. O Freinet me ajudou com suas atividades, com os cantinhos pedagógicos, com a percepção de que os muros da escola não são limites para ela, de que as aulas passeio também são uma alternativa, e que o professor tem na profissão a possibilidade e dever de fazer e ultrapassar todas as barreiras para fazer seus alunos aprenderem.
Bem, é isso que eu aprendi com Freinet, é por isso que eu planejo as minhas atividades e é por isso também que eu transformo a educação deles com todas as minhas forças, levando energias, levando o aprendizado e tentando fazer de cada aula uma aventura, mesmo que falhando, tentando e tentando até conseguir.
SER PROFESSOR É AÇÃO!
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