Em novembro de 2018, faleceu o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, que nos apresentou: romance libertino, cultura clássica e política juvenil.
The Dreamers é um filme europeu, com erotismo francês e referências ao cinema mundial. É a melhor exposição do fundo político de sexo, drogas e rock ‘n roll. Bertolucci, um tanto revolucionário devido sua própria identidade com o partido comunista nos anos 70, fez este filme de 2003 com a linguagem e estética mais rica possível em clássicos.
O evento recriado pelo filme é sobre os calorosos protestos de Maio de 1968 ocorridos na Paris conservadora. Tratando sempre de detalhes políticos, aqui o diretor deu atenção especificamente á Cinemateca Francesa – o local aonde artistas foram cercados por guardas em meio a gritos e pronunciamentos. Jean-Pierre Léaud, por exemplo, refez a cena em que ele mesmo lê um protesto em 1968.
Dois irmãos e um amigo intercambista presenciam as barricadas da janela do apartamento. Theo e Isabelle são abertos e de espírito revolucionário, que por um momento só vivem de ideias e conversas a base de vinhos. Matthew, ainda que bem tímido contesta a super idealização deles, que passa batido pela vida burguesa e liberdade individual (e não coletiva como as ruas demandam).
Michael Pitt interpreta o ingênuo Matthew. Louis Garrel é Theo: enigmático e filosófico. Eva Green , é Isabelle, always naked yet marvelous!
Ouça abaixo a música Hey Joe, uma composição de Jimi Hendrix, presente na trilha sonora e interpretada por Michael Pitt.
Bernardo Bertolucci teve influência da Nouvelle Vague, do marxismo e, segundo críticos, da psicanálise. Um mestre em sua carreira. Morreu devido a um câncer.
Bertolucci á Rolling Stone italiana
“Eu acredito – como posso explicar isso? – que a palavra é consistência. Você sabe, é quando um filme permanece em sua cabeça e passa por todas as experiências de sua vida. Isso significa que tem profundidade. Política. Sexo. Se você tiver sorte, talvez magia “.
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