O norte-
Neste intenso suspense de ação, Neeson é Michael, um vendedor de seguros que vê a sua viagem diária de trem para o emprego transformar-se numa série de reviravoltas. Depois de ser abordado por uma misteriosa mulher (Vera Farmiga), Michael é forçado a desvendar a identidade de um passageiro escondido no trem antes que este chegue à última parada. À medida que luta contra o tempo para resolver este quebra cabeça, Michael percebe que está preso no centro de uma conspiração criminosa, que coloca em perigo a sua vida e dos demais passageiros.
Vale informar que, no início, o espectador mais exigente poderá se incomodar com a abertura, onde a montagem optou por um emaranhado de cenas que vão exigir um pouco mais de atenção por parte do espectador mais desatento. Já o roteiro do trio Byron Willinger, Philip de Biasi e Ryan Engle pode ter buscado alguma influência lá na obra de Agatha Christie, Assassinato no Expresso Oriente e do Alfred Hitchcock, mas isso não é uma crítica desconstitutiva, pois o realizador soube aproveita-los.
O elenco reúne ótimos profissionais. Fora a parceria Nesson / Collet-Serra, outros dois parceiros do terror estão aqui também. São eles Vera Farmiga / Patrick Wilson (Invocação do Mal). Não que eles atuem no mesmo núcleo, mas participam da mesma produção, o que é muito legal rever esta dupla. Apesar de não gozar da juventude, Liam Neeson apresenta boas sequências de ação de tirar o fôlego, claro que tem todas as questões dos recursos técnicos hollywoodianos, mas é preciso confessar que o realizador acertou ao escolher o veterano para essa atuação. Já que foi uma boa oportunidade de levantar algumas questões sociais como perda de emprego, crise econômica, corrupção, entres outros assuntos abordados. O time escalado para atuar na produção, é um dos maiores responsáveis pelos pontos positivos dispensados ao longa.
Os acontecimentos dentro de um avião, em pleno ar, como visto em outro filme, dá lugar a um trem. Collet-Serra usa bem esse espaço ao seu favor, para criar uma trama de muito suspense, ambientes claustrofóbicos e sequências de muita ação. O protagonista se junta aos coadjuvantes para criar um clima de frio na barriga e dúvida, que faz o espectador questionar durante a exibição: quem é esse passageiro misterioso e o que ele guarda? Para melhorar, a todo o momento a curiosidade em conhecer esse passageiro vai sendo mais aguçada, quando alguns presentes apresentam comportamentos suspeitos. Aqui, mais uma ponto positivo, pois o espectador terá de ser um verdadeiro fera em desvendar mistérios para sacar quem é o verdadeiro passageiro. O que no final, apresenta um personagem surpreendente.
Texto escrito por Alyson Fonseca.
Grupo de Demonstre abordando sobre cinema.
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