O que acontece quando uma franquia de jogos e anime faz sucesso por duas décadas? Além de uma meia dúzia de pessoas nadar em dinheiro e outras milhões ficarem em dívida com tanto merchandise, lendas urbanas surgem. Pokémon é uma das franquias com mais mitos e boatos de todos os tempos e até o seu criador, Satoshi Tajiri, já declarou que isso ajudou na popularidade da série. Comemorando o lançamento de Pokémon Sun e Moon, aqui estão as 8 maiores mentiras da franquia Pokémon.
Baixo + B
Eu confesso que caí nessa. Ver a pokébola quicando realmente causa ansiedade e os jogadores querem acreditar que podem fazer alguma coisa pra aumentar a probabilidade do monstro ficar quieto e dócil dentro do seu mais novo cativeiro. Infelizmente, nenhuma combinação de botão muda nada durante a captura, nem mesmo gritar “gotcha”, como muitos têm acreditado recentemente graças ao microfone do Nintendo 3DS e dos celulares. Apenas gaste mais dinheiro com as versões melhoradas da pokébola, amigo, não tem jeito.
Recuperar a pokébola em Pokémon Go
Aqui está mais uma em que eu acreditei. É desesperador ficar sem pokébolas em Pokémon Go, principalmente quando você sabe que não tem nenhum PokéStop por perto. Jogadores notaram que, se você clicar na pokébola depois de errá-la, ela some e teorizaram que ela volta pra sua mochila. Infelizmente, a única coisa que acontece é que a pokébola some mais rapidamente, mas o contador de itens continua a diminuir. E lá vamos nós nos atrasar pro trabalho de novo pra pegar aquele PokéStop do outro lado do quarteirão.
Pikablu, Mewthree e vários outros ‘Fakemon’
Atrasos entre o lançamento japonês e o americano, monstros dando as caras no anime antes do que nos games e a imensa criatividade de alguns fãs geraram os fakemon, pokémons que simplesmente nunca existiram. A tendência começou quando Marill apareceu no curta-metragem As Férias de Pikachu sem um nome ainda anunciado, o que levou muitos a chamá-lo de “pikablu” e acreditarem que ele era uma evolução alternativa do pikachu – algumas teorias até acreditavam que ele poderia ser encontrado no Pokémon Red ou Blue. Outro mito era o Mewthree graças a uma fala muito breve e ruidosa no primeiro filme da franquia. Até faria sentido os cientistas tentarem recriar o experimento que deu vida ao Mewtwo, mas devemos lembrar que o então pokémon mais poderoso de todos destruiu o laboratório e chacinou seus criadores, então acho que ninguém quer arriscar a própria vida, né?
Mew e o caminhão
O que fazer quando você descobre que existe um pokémon que só é distribuído através de downloads em eventos no Japão? Você reza com todas as suas forças pra que exista outra forma de encontrá-lo dentro do seu cartucho. A teoria mais popular dizia que você deveria usar “surf” e alcançar o caminhão próximo ao SS Anne e então movê-lo com “strength” pra pegar uma pokébola com o Mew dentro. Mesmo que você use cheat pra fazer isso, o caminhão é simplesmente imóvel e o máximo que você consegue é mais uma desilusão na sua vida.
A música de Lavender leva ao suicídio
De fato, a música de Lavender dá arrepios, mas acreditar que alguém cometeu suicídio por causa dela já seria exagero. A música é intencionalmente macabra justamente pra representar uma cidade fantasma, mas nada muito além do que incontáveis filmes de terror fazem. A cidade apresenta uma mudança drástica no tom do jogo, tanto quanto a internet trouxe um novo nível às lendas urbanas – quem nunca leu uma creepypasta? No fim das contas, simplesmente não há nenhum caso confirmado de suicídio por causa de Pokémon, pode ficar tranquilo.
O Soldado Elétrico, Porygon
Quem conta um conto, aumenta um ponto. Quem não se assustou com a notícia de que crianças e adultos tiveram ataque epilético ao assistir ao episódio do Porygon na tevê? Hospitais pararam e a cena foi até exibida uma segunda vez nos noticiários, provocando ainda mais tumulto nos hospitais, certo? Errado. A verdade é que quando o episódio do Porygon foi ao ar no Japão, mais de 500 crianças passaram mal, mas apenas poucas ao ponto de terem um ataque epilético e parou por aí. A maioria sentiu apenas náusea e dores de cabeça, voltando ao normal poucos minutos depois. A série ficou fora do ar por quatro meses, médicos foram consultados pra identificar o que causou o transtorno e, quando Pokémon voltou a ser exibido, a Nintendo fez questão de enviar uma mensagem dizendo que medidas foram tomadas e que o incidente jamais voltaria a acontecer. Desde então, Porygon nunca mais apareceu em nenhum episódio, apesar de ter sido Pikachu que protagonizou a polêmica cena.
O jardim secreto de Bill
O que veio primeiro, o ovo ou a galinha? Ou melhor: o que veio primeiro, o desespero pra encontrar Mew ou as lendas a respeito do jardim secreto do Bill? Há quem diga que, se você falar com o Bill com um eevee e cada uma de suas evoluções no time, você terá acesso ao seu jardim secreto, visto no mapa, mas inacessível pros jogadores. Óbvio que jogadores deram um jeito de chegar lá – tanto quanto alcançaram o tal caminhão -, mas simplesmente não encontraram nada. A Nintendo devia, ao menos, anotar essas lendas e trazê-las nas novas edições do jogo, como os produtores de Mortal Kombat fazem.
Yoshi é um Pokémon
Aiai, primeiro de abril, que data mais mágica. A Nintendo deve estar rindo até hoje de quando enviou umas fotos falsas pra uma revista revelando que o Yoshi estava no cartucho do Pokémon. Acho que nem eles imaginaram o efeito dominó que essa lenda causaria, pois muita gente dissecou o jogo atrás do dinossauro e até mesmo de outros personagens da franquia Mario Bros. A caça pelo Yoshi se tornou a caça pelo Pé Grande do Game Boy, por mais que os mentirosos tenham confessado que criaram o boato, alguns doidos continuaram insistindo na busca.
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