9 razões para O Justiceiro ser a melhor série da Marvel na Netflix

Razoes para o justiceiro ser a melhor serie da marvel na netflix
Razoes para o justiceiro ser a melhor serie da marvel na netflix

A Netflix lançou O Justiceiro e esta não é apenas mais uma série da Marvel. Bem diferente das suas “irmãs”, o novo seriado traz uma trama mais madura e profunda.

Apesar de a série ser do mesmo produtor da aclamada e violenta HannibalSteve Lightfoot, ninguém estava preparado para como O Justiceiro mudaria o universo Marvel na TV.

Para quem ainda não assistiu e tem um estômago forte, recomendamos que assista. Para quem já assistiu e ainda não sabe bem como essa série passou por cima de você e você não anotou a placa, a seguir temos uma lista para você entender melhor o porquê do seriado ser tão bom.

Esta lista contém spoilers!!!

1. Trilha sonora

Ninguém esperava que tocasse Madonna. O Justiceiro pede rock e algo distante disso seria absurdo.

Com uma trilha sonora desenvolvida pelo aclamado Tyler Bates, também responsável por trabalhos de sucesso como Guardiões da Galáxia300John Wick e até o jogo God of War, já era de se esperar um ótimo resultado.

O fato da trilha ser de qualidade e bem integrada com as cenas faz com que o produto final seja satisfatório até para quem não seja muito fã de rock. Chega a ser mais uma questão de bom senso que de preferência musical.

Com uma trilha focada no rock, começando pela incrível música de abertura, chegou a ser cômico quando Micro transmitiu I feel love da Donna Summer. Vale a pena mencionar que o, apesar de ainda ser considerado Disco, mistura-se com música eletrônica marcando o começo da música Eletrônica e fim da Disco.

Sendo a Disco o inimigo número 1° do rock nos anos 70, teria sido um deboche da produção da série ter colocado a música para irritar os agentes?

2. A fórmula Wolverine

Mesmo não sendo perceptível ao primeiro olhar, O Justiceiro traça o mesmo percurso que Wolverine para sensibilizar o espectador para o sofrimento do herói e para que o mesmo queira saber o que acontece a seguir.

Intencional ou não, aqui vão os 4 passos que ambos os heróis seguem em sua busca por justiça:

  1. Um passado sujo;
  2. Um acontecimento que redime através de sofrimento;
  3. A caça aos responsáveis;
  4. E é só grunir quando estiver matando alguém.

E voilà, temos um herói que você torce para ele matar o maior número de pessoas possível.

3. Série para adultos

O justiceiro série para adultos

Nada de piadas ou romance.

Em O Justiceiro, o amor da vida de Frank Castle é nada mais do que uma lembrança dolorosa e a ação, que serve para divertir, também vira o estômago.

Assistir Castle apanhar também é parte da diversão. Se não fosse, ele não passaria metade do tempo derramando baldes de sangue. Essa diversão no sofrimento dele, junto com a pura violência observada em algumas cenas, pessoas com perturbações mentais e cenas de sexo fazem com que O Justiceiro seja tudo que só um adulto pode assistir.

Além das razões citadas anteriormente, ainda há o ritmo da série. Para o público mais jovem de hoje, é inaceitável cenas longas com diálogos – algo que marca O Justiceiro. E existe, também, outro motivo para o público mais jovem não ser o público-alvo, que veremos a seguir.

4. 0% de fan service

Em geral, as séries e filmes baseadas em quadrinhos fazem algo que os fãs desejavam para levá-los a loucura. Alguns deixam personagens vivos por mais tempo que nos quadrinhos; outros fazem pares românticos inexistentes e até criam personagens para deixar a história mais engraçada.

No caso de O Justiceiro, a história foi outra. As mudanças feitas do quadrinho pra série deixaram a história mais política e densa, bem longe de fan service.

Aqui vão algumas coisas que os fãs queriam, mas não conseguiram:

  • Nada de se juntar com outros heróis da Marvel para quebrar tudo;
  • Nada de par romântico*;
  • Madani não é a “mocinha”, mas sim uma protagonista que não cai em estereótipos;
  • Castle não desaparece no estilo lobo solitário;
  • Sem frases de impacto ou cenas “memeáveis”.

* Um romance com uma mulher morta, um clima que virou climão com a mulher do amigo e aquela cena que não dá pra ter certeza de nada com a Karen Page não contam, não é?

5. Os sonhos fazem sentido

Quando você começa a assistir uma série em que a realidade começa a se misturar com sonhos ou ilusões, você sabe que vem uma dor de cabeça por aí.

Em geral, séries que fazem isso com frequência acabam exagerando e confundindo o espectador, como foi o caso de Legion. Esta, apesar de muito inteligente, incomodou fãs com sonhos dentro de sonhos, também como no filme Inception. Mais imaginação do que realidade.

No caso de O Justiceiro, as alucinações se tornam elemento importante da história, pois mostram o desenvolvimento emocional de Castle.

Não só Castle precisava dos sonhos para sair do isolamento em que havia se aprisionado, como o espectador necessitava deles para conhecer melhor o protagonista.

6. Sem medo de cutucar a ferida

O justiceiro trata de temas sérios

O Justiceiro vai mais fundo que outras séries da Marvel na Netflix em questões sociais, como: ultranacionalismo, estresse pós-traumático (PTSD na sigla em inglês), controle de armas, política externa americana, imigração e até racismo na América – apesar de que este último seja bem mais discutido em Luke Cage.

O resultado é uma obra cuja tensão no ar possa ser cortada com uma faca. As discussões em nenhum momento parecem desnecessárias ou forçadas, pois sempre adicionam algo para a trama – e que trama!

7. O justiceiro trata da violência sem glorificá-la

O Justiceiro não glorifica a violência

Assim como foi dito pelo ator Ben Barnes, intérprete de Billy Russo, O Justiceiro expõe a violência sem glorificá-la.

No mundo de hoje, especialmente nos Estados Unidos, uma história que fala de um atirador justiceiro não é e nem deve ser levada na brincadeira. Para isso, a produção da série procurou passar aos atores que seus personagens sofriam com a violência e que aquilo não era uma coisa boa.

Fica claro que a violência de Castle não é um dom, mas, sim, uma espécie de doença com a qual ele tem que conviver. No final da temporada, a diferença física e mental em Frank Castle é visível até para quem não o analisa.

8. Bem diferente das outras séries Marvel na Netflix

O Justiceiro segue um caminho diferente das outras séries da Marvel e isso é algo que deveria ser copiado.

Mas como assim?

DemolidorJessica JonesLuke CageIron Fist Os Defensores acontecem “na esquina” um do outro. A sensação é de que se está assistindo diferentes arcos de uma série maior – e isso é cansativo.

O Justiceiro escapa disso e apresenta a oportunidade se ver com outros olhos o Universo Marvel. Essa mudança possibilitou o desenvolvimento de uma história original, com tramas menos voltadas à ideia de mocinho e bandido e mais na natureza humana.

9. Elenco e personagens incríveis

O Justiceiro traz personagens profundos e envolventes. Mesmo quem não gosta de quadrinhos ou de heróis, pode se envolver com essa trama.

A seguir, uma lista com os atores e personagens mais marcantes da série.

Jon Bernthal como Frank Castle

Jon Bernthal é Frank Castle em O Justiceiro

Inicialmente, a escolha de Jon Bernthal pareceu um tanto sem sentido. Ele tem mais cara de bully do que de herói. Mas talvez essa tenha sido a razão de o papel ter sido dado para ele.

Após assistir à série, nota-se que, na verdade, a escolha foi ideal. Frank Castle não é um Demolidor ou um Luke Cage. Ele tem esqueletos no armário que, se a história não fosse extremamente bem contada, você torceria para ele morrer ainda nos primeiros capítulos.

O personagem e a atuação são tão bem executadas que, no final, você fica em dúvida se quer Frank Castle solto por aí ou preso pagando pelos crimes.

Amber Rose Revah como Dinah Madani

Apesar de desconhecida, Amber Rose Revah deu um show de atuação e Madani acabou conquistando o público, talvez sendo a personagem mais querida de O Justiceiro.

De certa forma, ela tem a força interna que a Jessica Jones tem como externa. Um exemplo de como mulheres podem e devem ser retratadas como personagens fortes sem perder o carisma.

Queremos Madani na segunda temporada sim ou com certeza?

Ebon Moss-Bachrach como David Lieberman

Para quem não conseguiu reconhecer por causa do cabelo desgrenhado e da barba, Ebon Moss-Bachrach é o roqueiro galã de Girls. Se você não assistiu à série, vale a pena checar para se assustar com a imensa diferença.

Vale destacar que o personagem nos quadrinhos é chamado de Microchip e não de Micro. Além disso, o nome real é Linus e não David como na série.

Paul Schulze como Agente Rawlins

Paul Schulze é o Agente Rawlins em O Justiceiro

O vilão Rawlins caiu como uma luva em Paul Schulze, que, não muito tempo atrás, não contava com grandes papeis como esse em suas mãos.

Parece que as rugas servem para deixá-lo com cara de vilão e Schulze não perdeu a chance de aproveitar o papel de vilão.

Daniel Webber como Lewis Walcott

Um caminhão chamado Lewis.

Daniel Webber deixou todo mundo boquiaberto com sua atuação. Seu personagem, o perturbado soldado Lewis, foi um presente para esse ator, que o soube aproveitar muito bem.

De ator desconhecido à performance mais impressionante de O Justiceiro. Uma ótima surpresa.

Ben Barnes interpreta Billy Russo, o Retalho dos quadrinhos

Ben Barnes é Billy Russo em O Justiceiro

Ben Barnes é um ator que cai bem em qualquer personagem babaca. Apesar de já ter sido o honrado Príncipe Caspian, atualmente encontra mais sucesso sendo uma espécie de Willem Dafoe 2.0, vilão para toda obra.

Apesar de o Personagem desenvolver uma consciência tardia, ainda sim é um ótimo vilão para uma ótima série.

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