Dexter é uma série televisiva americana de drama/suspense centrada em Dexter Morgan (Michael C. Hall), um assassino em série com diferentes padrões que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade.
O programa estreou em 1 de outubro de 2006 no canal Showtime e teve seu último episódio em 22 de setembro de 2013. Situado em Miami, sua primeira temporada foi largamente baseada no livro Darkly Dreaming Dexter de Jeff Lindsay, o primeiro de sua série de romances Dexter. Temporadas posteriores apresentaram uma evolução distinta das obras de Lindsay. O livro foi adaptado para a televisão pelo roteirista James Manos Jr., que escreveu o episódio piloto.
Enredo:
Na infância, órfão aos quatro anos, Dexter é adotado por um policial que logo detecta sua tendência homicida. Com isso, consegue canalizar todo o fascínio de Dexter por vivissecção para algo que ele acredita ser “do bem”: caçar os infratores da lei que estão acima da justiça e que acham brechas para praticar crimes.
De dia, Dexter surpreende a todos conseguindo rastrear cada passo de assassinos em série, seguindo suas pistas com meticulosidade assustadora. Isso porque sua mente assassina o guia através dos passos dos criminosos.
Após o dia de trabalho com o Departamento de Polícia de Miami, à noite, Dexter usa todo o conhecimento e instinto de serial killer para achar e matar os criminosos que ele caçou durante o dia. Isso faz com que ele viva um contraste diário entre o bem e o mal. Mas ele canaliza toda a sua vontade de matar para acabar com os outros assassinos em série.
Prós da série:
1- A interpretação de Michael C. Hall. O ator é perfeito para o papel. Além de lindo (não sou gay, apenas um fã fanático por essa deliciosa série), ao mesmo tempo tem uma aparência meio agressiva. Quando consegue se passa por anjinho, mas conhece seu monstro interior e abre as portas para que ele se divirta por aí de vez em quando.
Só a abertura do seriado já demonstra toda essa ambiguidade passada pelo ator. Mesmo fazendo coisas cotidianas, como preparar café da manha e matar um mosquito, ele demonstra essa densidade característica do Dexter o tempo todo. Veja abaixo essa abertura linda:
2 – Questões antropológicas de Dexter. Nós, seres narcisistas que somos, tendemos a nos interessar profundamente por aquilo que é humano mas que nem sempre é óbvio. As divagações do Dexter sobre a vida em sociedade às vezes lembram as de uma criança se perguntando o porquê das coisas, mas em outras são muito mais complexas, sempre interessantes.
3 – A narração do seriado. Dexter é algumas vezes um ser amargo e um outras um cara irônico, capaz de ver graça em situações cruéis, leva o termo humor negro a outro nível. Acho incrível essa oportunidade que os roteiristas nos dão, com a narração do seriado, de estar dentro da cabeça do Dexter. Imagina que sonho seria se um único dia a gente pudesse ficar por dentro assim da cabeça do House, por exemplo. A narração durante a primeira temporada é muito intensa e depois diminui, mas sempre me lembro do episódio 4 da segunda temporada como exemplo dessa narração muito massa. Para quem quiser ter ideia do que eu estou falando, assista esse episódio em particular.
4- Os flashbacks com Harry, padrasto de Dexter. Ele se tornou quem é pela influência maior de Harry, que tomou como projeto de sua vida a educação de Dexter para que, apesar de psicopata, ele tivesse princípios e fosse capaz de ser quem é sem acabar numa prisão. Os flashbacks de Dexter com o padrasto, que já está morto quando o seriado começa, são super interessantes. Imagina ser pai e perceber que seu filho é um psicopata. O que você faria? É uma maneira de vermos como Harry passou por isso e como Dexter se criou.
5 – Suspense. Dexter é um seriado que se assiste na ponta dos pés, que tira o sono, não importa a hora que você assista. Eu vejo a série pensando que Hitchcock, se estivesse vivo gostaria de Dexter. Não sei se existe elogio maior nesse sentido.
Contras da série:
1 – As ultimas temporadas transformou a série em uma série ”receita”. Por melhor que tenha sido o enredo da série até a 4ª/5ª temporada, ela ficou meio rotineira de seguir um somente ritmo e acabou perdendo a essência e a emoção que era de ver um serial killer totalmente sem sentimentos.
2 – Final inesperado e que deixou MUITO a desejar. Nesse caso aqui não poderei falar e explicar o porquê por motivos óbvios de spoiler, só assistindo pra saber.
Personagens:
- Dexter Morgan (Michael C. Hall) — O protagonista e narrador da série, trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade, levando uma vida dupla como assassino em série.
- Debra Morgan (Jennifer Carpenter) — Irmã mais nova de Dexter e filha biológica de Harry Morgan. Acredita conhecer seu pai, apesar de ignorar por completo os segredos que ele manteve, em particular aqueles relacionados a seu irmão. Inspirada pela carreira lendária de seu pai na polícia, ela decide entrar para a corporação, onde tenta desesperadamente tornar-se detetive a Divisão de Homicídios.
- Rita Bennet Morgan (Julie Benz) — Mãe divorciada de dois filhos, recuperando-se dos abusos sofridos nas mãos de seu ex-marido, Paul. Arrisca um relacionamento com Dexter, Com o qual a cada temporada se aproxima mais do Dexter.
- Maria LaGuerta (Lauren Vélez) — A durona e determinada tenente no comando da Divisão de Homicídios, com uma antipatia direcionada particularmente a Debra.
- Angel Batista (David Zayas) — Detetive da Divisão de Homicídios, trabalha próximo a Dexter (a quem considera um amigo) durante os casos, frequentemente recorrendo a ele em busca de conselhos nas investigações.
- James Doakes (Erik King) — Sargento de polícia, serve como detetive e investigador-chefe da Divisão de Homicídios. Odeia instintivamente Dexter, demonstrando seus sentimentos em relação a ele sempre que possível.
- Vince Masuoka (C.S. Lee) — Investigador forense chefe do Departamento de Polícia, trabalha em conjunto com Dexter no laboratório e em cenas de crime.
- Harry Morgan (James Remar) — O falecido pai adotivo de Dexter. Foi detetive e integrante respeitável do Departamento de Polícia de Miami. Embora falecido, participa frequentemente da série. Com Dexter tendo visões de seu pai e ele o aconselhando.
OBS (não tão importante): Essa foi a primeira recomendação que eu faço aqui na FxG porque é uma série que eu comecei a assistir desde 2008 e me apaixonei e fui até o final, e acredito que não teria como eu explicar melhor e recomendar algo que eu não conhecesse tão bem, espero que gostem.