Crise nas Infinitas Terras
Roteiro: Marv Wolfman
Desenhos: George Pérez
Arte Final: Dick Giordano/Mike Decarlo/Jerry Ordway
Contexto histórico insdispensável para o entendimento da obra.
A Origem da Dc comics Remonta à década de 30 do século passado, quando lançou no mercado as primeiras histórias em quadrinhos de super heróis como os conhecemos hoje, Superman, Batman, Mulher maravilha foram todos criados no final da década de 30 e transformam-se rapidamente em sucesso de vendas. Com isso, novos super heróis passaram a ser criados quase que todos os meses e a denominada “Era de Ouro da DC Comics” se iniciou e durou por volta de 15 anos. No final da década de 40 e começo da década de 50, a editora sofria com baixa de vendas e começou a ter títulos cancelados e muitos dos super heróis entraram em período de hiato.
Em 1956, a editora resolveu trazer os heróis da década de 40 de volta. Porém reformulados. E isso deu uma reviravolta, e os quadrinhos voltaram a vender bem, novos personagens que a DC comprou de outras editoras entraram para o time, e foi se criando terras paralelas, novos personagens foram criados, e assim sucessivamente , foram criados mais e mais universos paralelos, os principais heróis da editora passaram a ter varias versões, e cada uma em seu próprio universo.
Com tudo isso, no início dos anos 80 a cronologia dos universos DC era uma tremenda confusão. O resultado é que a editora não conseguia conquistar leitores novos pelo simples fato de que se um leigo chegasse em uma banca e comprasse uma HQ, provavelmente terminaria a sua leitura irritado e sem entender absolutamente nada. Para usufruir do universso DC era necessário que o leitor acompanhasse suas HQs há anos. E o pior estava por vir. O mesmo começou a acontecer com os escritores das histórias. Para contratar um novo Roteirista, era necessário que este também acompanhasse a editora há anos, ou passasse por um longo período de adaptação até se familiarizar com o gigantesco e confuso multiverso dos personagens. Alguma coisa tinha que ser feita. A solução encontrada foi um reboot total e o fim do multiverso através de uma saga épica. E para essa grandiosa tarefa foram chamados Marv Wolfman e George perez.
Resenha da obra.
A Lendária Crise nas Infinitas Terras, um dos maiores clássicos dos quadrinhos que mudou e reformulou completamente o universso da DC. Essa Mega saga revolucionou a DC Comics, tanto quanto wathcmen, Batman -O cavaleiro das trevas, Sandman, e vários outros clássicos que você com certeza já ouviu falar. Originalmente publicada entre janeiro e dezembro de 1985.
A Trama é coordenada pelo personagem monitor que tem como sua companheira a Lyla (Precurssora), o qual vem a anos estudando todos os universos paralelos, terras paralelas, multiversos e etc…E o mesmo consegue prever o mal que está por vir, e começa o seu trabalho de “salvação” , onde ele reúne todos os personagens da DC, de todos os universos, para impedir que o fim de tudo aconteça. A História é toda complexa com uma seriedade e profundidade total, mas também tem ótimos alívios cômicos no meio dele o que o torna mais sensacional ainda.
A História vai se desenvolvendo e você vai vendo a Precurssora indo atrás de cada personagem, em cada universo , e vai sendo apresentado a cada universo e personagem também.
Sempre quando algum universo está morrendo você vê como se fosse uma bomba nuclear explodindo e devastando tudo, e modo como o desenhista age nessas cenas é fenomenal, você vê o personagem e o cenário se desfazendo, como se estivesse sendo apagado por uma borracha ou voltando os traços da arte final ao inicio do desenho, isso é espetacular.
A História se passa, acontecimentos também e você percebe que sempre quando uma terra está para sucumbir aparece do nada o personagem Pária, sempre desesperado e reclamando que não aguenta mais ver tantas mortes, e quando a terra que está é devastada ele é teletransportado para outra, implorando até mesmo a sua morte para não ver mais tanto sofrimento. A agonia que ele te passa chega a ser pesada porque você se sente na pele dele é angustiante.
Finalmente chega o momento da história que somos apresentados ao verdadeiro vilão, que é o Anti-Monitor, ele que está orquestrando toda destruição e matança, ele só quer o fim de tudo para ter o espaço só para ele,e dominar todo ele. O mesmo é solto de sua cela pelo personagem pária, e o fato dele estar sempre indo para a morte de uma terra é uma punição que ele recebe por ter feito isso, mas a soltura do anti-monitor não foi algo que ele fez intencionalmente foi um acidente digamos assim, e por isso você vê que ele sofre mais ainda porque ele se sente culpado.
Na história você é apresentado a centenas de personagens, e cada um deles é muito bem desenvolvido, e diferenciado, vai além do visual do personagem, a personalidade deles é muito bem trabalhada, até mesmo os lados políticos de cada um é levemente apresentado isso é sensacional, o escritor fez uma pesquisa enorme e complexa demais para fazer essa obra, é tudo muito detalhado, tanto roteiro quanto a arte, é muita coisa apresentada a todo momento mas em hora nenhuma há confusão na leitura, é tudo muito bem desenvolvido, genial.
A história se encerra de uma forma que da um novo rumo a DC, ela reconstrói todo o seu universo e personagens, obra FODÁSTICA, simplesmente sensacional, se pra mim que sou jovem (tenho 23 anos) e não acompanhei a DC desde os primórdios e não conheço quase nada dos multiversos da pré-crise consegui entender e achar sensacional, eu imagino quem acompanhava na época todas as terras, todos os multiversos e foram apresentados a essa obra de arte, reunindo tudo em uma saga completa e genial como essa. Simplesmente genial, indico a todos, vale muito a pena a leitura, eu li pela edição da panini que saiu recentemente e a panini está realmente de parabéns, material luxuoso, recheado de extras, com uma capa linda do Mestre Alex ross. Obra simplesmente sensacional.